4 Eu não consigo emagrecer....

Oi, meninas...

Meu livro já chegou e estou devorando ele na tentativa de fazer tudo direitinho e seguir rumo a minha meta. De acordo com a leitura irei postando algumas dicas extraídas do livro.
Estava há três dias com o peso estacionado e de ontem para hoje aumentei 200 gramas e vou fazer a fase de ataque por dois dias seguidos para tentar acelerar o metabolismo.
Hoje eu editei o prefácio do livro para vocês conhecerem como essa dieta surgiu. Espero que vocês gostem.

Um encontro decisivo ou o homem que só gostava de carne.

Meu primeiro encontro com a obesidade ocorreu quando, ainda um jovem médico, eu exercia a medicina em Montparnasse e me especializava em neurologia em Garches, em uma unidade lotada de crianças paraplégicas.
Nessa época, havia entre meus pacientes um editor obeso, jovial, extremamente culto e que sofria de crises de asma, das quais muitas vezes o ajudei a sair. Um dia, ele veio me ver e, após se instalar confortavelmente em uma poltrona que gemia sob o seu peso, disse-me: "Doutor, sempre fiquei satisfeito com seus tratamentos, tenho confiança no senhor e hoje vim vê-lo para que faça emagrecer".
Naquele tempo, tudo o que eu sabia sobre nutrição e obesidade era o que aprendera na faculdade, e isso se resumia a propor dietas, minirrefeições parecidas com as refeições normais, mas as porções liliputianas provocavam o riso ou a fuga dos obesos, adeptos da boa vida, da boa comida e horrorizadas diante da idéia de ter de controlar o que lhes proporcionava prazer.
Recusei, gaguejando, e expliquei, a bem da verdade, que não conhecia as sutilizas desta ciência.
"De que ciência o senhor está falando? Vi todos os especialistas em Paris, todos os inibidores de apetite que estão na praça. Sozinho, perdi mais de 300 quilos desde minha adolescência e engordei tudo de novo. Devo confessar que nunca fui motivado de fato, e minha mulher involuntariamente também contribui para isso, pois continua a me amar, apesar dos meus quilos. Mas, hoje, só de levantar os olhos fico ofegante, não encontro roupas que possa vestir e, devo dizer, começo a temer pela minha vida." E, para terminar, acrescentou esta frase que desviou bruscamente o curso da minha vida profissional: Dê-me a dieta que quiser, suprima todos os alimentos que desejar, tudo, menos carne vermelha, pois gosto demais de carne vermelha.
Sem refletir e também para satisfazer seu pedido, lembro-me de ter respondido sem hesitar: "Bem, já que o senhor gosta tanto de carne, venha amanhã cedo em jejum se pesar na minha balança e depois, durante cinco dias, coma apenas carne vermelha. Entretanto, evite as carnes gordurosas, como a de porco, carneiro, costelas e cortes mais gordurosos. Grelhe tudo, beba o mais que puder e volte daqui a cinco dias, em jejum, para se pesar novamente".
"Está bem. Trato feito."
Após cinco dias, ele voltou. Perdera aproximadamente 5 quilos. Eu não podia acreditar, e ele tão pouco. Fiquei um pouco preocupado, mas ele estava exultante, mais jovial que de hábito, falando do bem-estar que sentia, do ronco que desaparecera e, sem levar em conta minhas hesitações, declarou: "Vou continuar. Sinto-me no ápice. Funciona e gosto muito".
E lá se foi ele para mais cinco dias de consumo de carne vermelha, tendo prometido fazer um exame de sangue e de urina.
Quando voltou, perdera mais 2 quilos e, exultante, mostrou os resultados do exame de sangue que apontavam doses perfeitamente normais, nada de muito açúcar, colesterol ou ácido úrico.
Entrementes, fui até a biblioteca da faculdade de medicina, onde tratei de aprofundar meus conhecimentos sobre as características nutricionais das carnes vermelhas e ampliar meu interesse sobre a grande família das proteínas das quais as carnes são os mais prestigioso exemplar.
Assim, quando ele voltou, cinco dias depois, sempre em boa forma e tendo perdido mais um quilo e meio, pedi que acrescentasse peixes de frutos do mar, o que ele aceitou alegremente, pois começava a enjoar das carnes vermelhas.
Vinte dias haviam transcorrido desde o início da dieta e a balança indicava que ele emagrecera 10 quilos. Fez um exame de sangue cujo resultado foi tão tranquilizador quanto o primeiro. Decidi apostar tudo e acrescentei as últimas categorias de proteínas que possuía, pedindo que ingerisse leite e seus derivados, frango, ovos e, para aplacar minhas dúvidas, que aumentasse o consumo de líquidos e bebesse três litros de água por dia.
Ele acabou cedendo e aceitou acrescentar legumes, cuja falta tão prolongada eu já começava a temer. Voltou cinco dias mais tarde sem ter emagrecido um grama sequer. Isso serviu de argumento para pedir a volta de sua dieta favorita e o consumo de todas as proteínas que tanto apreciava, principalmente devido à ausência total de limitações. Aceitei, com a condição de alternar esse regime com cinco dias de incorporação de verduras, alegando possível risco de carência de vitaminas. Ele não acreditava nesse risco, mas aceitou, pois seu trânsito intestinal tornara-se preguiçoso devido à insuficiência de fibras.
E foi assim que nasceu minha dieta de alternância de proteínas, bem como meu interesse pela obesidade e por todas as formas de sobrepeso, que se tornaram o eixo de meus estudos e da minha vida profissional.
Utilizei pacientemente essa dieta, melhorando-a sem parar, lapidando-a para transformá-la na dieta mais adaptada à psicologia tão singular dos obesos e no método mais eficaz de emagrecimento composto unicamente de alimentos.
Entretanto, com o passar do tempo, constatei amargamente que as dietas de emagrecimento, por mais eficazes e bem conduzidas que fossem, não resistiam ao tempo, e, por não conseguirem se estabilizar de fato, seus resultados desapareciam, de maneira lenta e gradual, ou, pior ainda, co uma retomada maciça do peso, geralmente decorrente de falta de estabilidade afetiva, do estresse, de decepções ou de outras insatisfações.
E foi para enfrentar essa guerra perdida de antemão pela grande maioria dos que emagrecem que concebi uma dieta de consolidação do peso perdido, uma espécie de trincheira defensiva contra as retomadas precoces, as retomadas parciais de peso que provocam o desânimo seguido de comportamentos de desprezo por si mesmo e, por fim, do abandono total da dieta e da retomada do peso. Concebi esse patamar de proteção, encarregado de reintroduzir por meio de etapas os elementos básicos de uma alimentação aceitável, a fim de controlar a revanche violenta de um organismo desprovido de suas reservas. E, para controlar o tempo dessa revolta e tornar essa transição aceitável, regulamentei a duração dessa dieta por um período bem preciso, proporcional à perda de peso e fácil de calcular: dez dias por quilo perdido.
Mas aí também, passado o momento da vitória da consolidação, o retorno progressivo dos velhos hábitos, as mudanças no metabolismo e principalmente a inevitável necessidade de compensar as preocupações e as frustrações em alimentos gordurosos, doces e em grande quantidade acabaram por vencer esse bastião defensivo.
Por fim, fui obrigado a tomar uma medida difícil de ser aceita, uma regra de caráter "definitivo", entrave inaceitável que todos os gordos, pletóricos, grandes e pequenos obesos ou aqueles com sobrepeso execram e recusam a priori, pois é para sempre e causa aversão aos impulsivos devido ao horror que sentem diante do cerceamento. Inaceitável, mas não se a regra a ser obedecida pelo reto da vida garantir real estabilidade de peso e for restrita apenas a um dia predeterminado, que não pode ser trocado por outro, cuja dieta não pode ser negociada, mas que seja eficaz quanto aos resultados.
Só então alcancei a terra prometida, o sucesso verdadeiro e definitivo construído sobre um conjunto de quatro dietas sucessivas e de intensidade decrescente, que o tempo e a experiência me levaram a ligar entre si e, assim, formar um percurso regrado e fortificado, impedindo qualquer escapada. Uma dieta de ataque breve, severa mas eficaz, seguida por uma entrecortada, alternando períodos de restrição com pausas, sustentada por um patamar de consolidação cuja duração é proporcional ao peso perdido. Finalmente, para estabilizar para sempre esse peso conquistado a duras penas, uma medida pontual e eficaz: um dia por semana de redenção alimentar manterá o resto da semana em equilíbrio, com a condição de segui-la para sempre, à risca, pelo resto da vida.
Obtive finalmente meus primeiros resultados duradouros. Não tinha apenas um peixe a oferecer, mas o ensinamento da pesca, um plano global que permitia ao obeso se tornar autônomo, emagrecer depressa e conservar o peso.
Demorei vinte anos para moldar para um público restrito esse belo instrumento, um plano formado por quatro dietas articuladas que hoje pretendo apresentar, sob forma de livro, a um público mais amplo.
Esse plano é dirigido a todos que tentaram de tudo, que emagreceram muitas vezes - inúmeras vezes - e que procuram em primeiro lugar a certeza de que em troca de um esforço sem falha, mas limitado no tempo, poderão primeiro emagrecer e depois conservar o fruto desse esforço e viver bem com o corpo que desejam e ao qual têm direito. Assim, foi para eles que escrevi este livro, e espero que a solução que lhes proponho seja útil.
Mas é àqueles que sempre convenci através da palavra e das instruções diretas ditadas, àqueles que me transformaram em um médico realizado, meus pacientes em carne e osso, jovens e idosos, homens e mulheres, e especialmente para o primeiro dentre eles, meu editor obeso, que dedico essa obra e método.”

Extraído do livro Eu não consigo emagrecer de Pierre Dukan

4 recados:

Renata Alves disse...

Oi Déa,
Está gostando do livro?
Eu vou começar ler de novo kkk.
O meu peso tb não está andando pra frente,não estou perdendo peso,hoje tomei 3 litros de água,vamos ver se vai fazer efeito!
bj

Geovana Centeno disse...

Eu tambem estou devorando o livro hehehe..otimo post viu!
beijos!

NATHY MENEZES disse...

oi, querida, vim conhecer seu blog tmb. Estou te seguindo. Bjs. www.nathymenezes.com

Anônimo disse...

olá vou começar a dieta do dr dukan, alguém já viu resultado? Será que funciona mesmo?

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